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O centenário de Luis Antonio Pimentel

Para comemorar o centenário do jornalista Luis Antônio Pimentel, Niterói preparou uma série de grandes homenagens. Nascido em Miracema, em 29 de março de 1912, Pimentel é considerado o jornalista mais antigo do Brasil ainda em exercício. Se não bastasse, é ainda poeta, professor e memorialista. Também é membro da Academia Fluminense de Letras (AFL), Academia Niteroiense de Letras (ANL) e presidente de honra no Grupo Mônaco de Cultura.

No dia 22 de março, tive a oportunidade de prestigiar nosso ilustre intelectual fluminense na ocasião da abertura da exposição “Luis Antonio Pimentel – 100 anos em foco”, no Solar do Jambeiro, em Niterói. Organizada pelo meu grande amigo Paulo Roberto Ceccetti, a mostra apresenta fotos e vídeos que marcaram a vida do jornalista, entre elas o registro da belíssima homenagem da Comunidade Luso-brasileira. A exposição está aberta à visitação até o dia 29 de abril.

A outra homenagem acontece até o dia 11 de maio na Sociedade Fluminense de Fotografia onde ocorre a exposição “100 x Pimentel”, uma retrospectiva produzida através de pinturas, fotografias, caligrafia e músicas feitas pelo jornalista.

Abaixo, reproduzo o texto homenagem de Paulo Cecchetti à Luis Antonio Pimentel.

 

Ao mestre

Paulo Roberto Cecchetti

Luís Antônio Pimentel, poeta, jornalista, professor, pesquisador, historiador, fotógrafo e artista plástico, é a figura viva da cultura em nossa cidade invicta. Resistência plena. Voz de inúmeras gerações. Verso contido em cada manhã.

Escreveu crônicas, contos, novelas. Prefaciou inúmeros livros dos novos poetas niteroienses. Jornalista mais antigo ainda no exercício da profissão, foi amigo do Barão de Itararé.

Sua nipônica poética – na forma de haicais onomásticos – aparece no singular livro onde o mestre registra a imensa legião de admiradores e admiráveis personagens, relembrados em sentimentos e verdades que não desapareceram da sua memória.

O interessante é que todos, absolutamente todos, são – para o nosso Pimentel – matérias de exaltação, reconstruídas nas inesquecíveis páginas do movimento cultural de Niterói.

Alguns haicais de Luís Antônio Pimentel:

N i t e r ó i
1) Finda a tarde ardente, / ao frescor da Jurujuba, / o mar adormece.
2) Biombo de montanhas. / No espelho da água escondida, Niterói se mira.

A m a z ô n i a
3) Com tremendo estrondo, / rio e mar batem de frente: / ruge a pororoca.
4) As vitórias-régias / só desabrocham à noite para ver a lua.

Natureza
5) Manhã: primavera. / Ao sol: verão. Tarde: outono. / Noite: inverno em Sampa.
6) Chove: chia a chuva / E, de chofre, o chão enxuto / se encharca e se enxágua.

E r ó t i c o
7) Decorei teu corpo. / Sei-o na ponta da línga, / como um bom aluno.
8) Em teus olhos – verde. / Em tua boca – vermelho. / Paro ou continuo?!

O n o m á s t i c o
9) Barra do Furado. / Sérgio Cid põe num ninho / retalhos da infância.
10) Marly com dez lustros: / medalha a florir em versos, / no anverso e reverso.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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