Em novembro, o Ministério da Pesca e Aquicultura, em parceria com a Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), o Instituto estadual do Ambiente e a Capitania dos Portos iniciou a operação de retirada das 57 embarcações abandonadas na Baía de Guanabara, em direção ao Porto de Niterói.
Essas embarcações formam um conjunto de problemas para a região. Elas atrapalham a navegabilidade, poluem o meio ambiente e representam um péssimo cartão de visitas para a cidade. Algumas unidades, inclusive, já se tornaram verdadeiras carcaças.
Em 2011, visitei o local com o objetivo de vistoriar a área onde é preciso realizar a dragagem para garantir o acesso das embarcações ao Centro Integrado de Pesca Artesanal, e observei vários barcos e navios largados, em processo de deterioração. Percebemos logo que não havia como dar segmento ao projeto da dragagem sem antes retirar essa sucata do mar.
Assim, fizemos um levantamento de todos os barcos, fotografamos, marcamos sua localização e entregamos um relatório sobre a situação à Capitania dos Portos. A Capitania, por sua vez, notificou os proprietários para que eles retirassem as embarcações, caso contrário, elas seriam removidas de forma compulsória.
Agora, o processo de retirada das carcaças submersas deve terminar em abril do ano que vem. Nesse período, será aberto processo licitatório para a escolha da empresa que realizará as obras de dragagem do canal, permitindo a navegação em direção ao Centro Integrado de Pesca Artesanal (Cipar), que não está funcionando já que as embarcações abandonadas impedem os barcos de navegar e atracar em seu cais.
A retirada desse material da Baía de Guanabara será um ganho para a população de Niterói principalmente, para a dinamização das atividades do Porto e, por consequência, sua aparência.