É uma sensação horrível e desoladora não encontrar a bicicleta onde foi deixada. Pior ainda quando sua magrela é arrancada de você por um ladrão. E quanto mais cresce o mercado de usuários de bikes, mais elas passam a ser alvo constante dos ladrões.
Foi pensando em reverter esse quadro que a Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio de Janeiro (a CSCRJ) sugeriu e o Instituto de Segurança Pública (o ISP) vai estudar a possibilidade de mapear as estatísticas de roubo e furto das bicicletas.
Isso vai permitir que o órgão possa realizar análises, projetos e consultorias periódicas, trabalhando para auxiliar o desenvolvimento de políticas públicas contra esse tipo de crime classificado como roubo a transeunte, o que dificulta o conhecimento dos números e dos locais onde o roubo e o furto de bicicletas são mais frequentes no Estado.
O presidente da CSCRJ, Raphael Pazos, explica que além do aumento da circulação de bikes, dois aspectos contribuem para aumentar esse tipo de roubo: a revenda de bicicletas caras roubadas e o uso de bicicletas baratas por assaltantes.
Existe o ladrão que rouba qualquer bicicleta e aquele que faz parte de quadrilhas especializadas em bikes caras. Todas têm número de série e por isso muitas são vendidas para estados diferentes da sua origem de compra e outras vendidas até mesmo para o exterior.
Uma vantagem é fazer o seguro da sua bike. O aumento no número de roubos à bicicletas fez disparar o mercado de seguros para duas rodas. Mais de 70% desde 2008. E ainda sem as estatísticas oficiais, os ciclistas criaram uma forma própria de computar as ocorrências.
É o Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas. No site, a vítima registra o fato, posta fotos da sua magrela e descreve a abordagem. As informações ficam disponíveis na rede e são encaminhadas para as bicicletarias. Tem surtido efeito.
A solução, por enquanto, é ficarmos atentos às nossas bicicletas e dificultar a ação dos ladrões. Torcer para logo sermos assegurados por políticas públicas que garantam a nossa segurança, enquanto ciclistas. É um direito de todos. Deixar de pedalar? Jamais!