Ontem, o jornal O Fluminense publicou uma reportagem sobre o conteúdo de um relatório elaborado pelo geólogo e diretor do Conselho Comunitário da Região Oceânica (CCRON), Josué Barroso, e encaminhado por mim à EMUSA com sugestões para os efeitos das ressacas que atingem o calçadão de Piratininga.
Diferentemente do que foi dito na reportagem, este documento não é um estudo conclusivo. O que foi apresentado foram propostas para evitar que ocorram novas destruições ao calçadão provocadas pelo mesmo problema: o impacto das ondas.
Depois do que aconteceu, seria um erro refazer as obras em Piratininga sem considerar o aspecto ambiental daquela área e encontrar uma forma de minimizar a força das ondas sobre a praia.
O texto cita duas possibilidades: a utilização de areia das obras que ocorrem no bairro ou da dragagem das lagoas, compatíveis com a areia da praia, para ampliar a faixa de areia da orla e produzir o recife artificial.
A Emusa respondeu que além destas, vai analisar também outras sugestões. Independentemente disso, já estou correndo atrás para elaborar um estudo mais profundo sobre a biologia marinha da região a fim de identificar a dinâmica das ondas e quais os impactos de uma intervenção no fundo do mar.
Com tanta tecnologia disponível hoje no mundo, certamente deve haver uma possibilidade de agirmos preventivamente, sem agredir a natureza e evitarmos mais destruição.