A luta da população pela moralização política está ganhando força. Uma prova de que a pressão está surtindo efeito foi a votação por unanimidade da Lei da Ficha Limpa para ocupar cargos comissionados nos três poderes do Estado do Rio na Alerj, na última terça-feira.
Agora, secretários, subsecretários, procurador-geral, chefes das forças de segurança entre outros candidatos a cargos comissionados condenados pela Justiça em segunda instância ou em definitivo não poderão mais ser contratados.
Considero esta uma excelente notícia e defendo toda e qualquer medida cujo objetivo seja fiscalizar ou controlar o acesso de pessoas aos cargos públicos. Cada conquista como essa amplia as condições para que as pessoas voltem a acreditar na política e participem dela.
Mas quando tratamos este assunto ainda falta uma lacuna. Falo sobre o parecer do Superior Tribunal Federal que ainda julga a validade da lei federal, fruto da iniciativa popular, que proíbe a candidatura de políticos condenados em decisões colegiadas ou que renunciaram ao mandato eletivo para escapar de cassação. Um projeto que mobilizou o Brasil e está refletido na aprovação desta semana na Assembléia Legislativa do Rio. No mês passado, o STF novamente adiou a decisão.
Por uma nova forma de fazer política com ética, transparência e participação popular.