O Jornal da Record começou a exibir, recentemente, a série ‘Autor Desconhecido’, com reportagens especiais sobre crimes não solucionados no Brasil. Uma das matérias, inclusive, mostrou o drama de pais que perderam seus filhos para a violência e vivem à espera de justiça. Que pode, às vezes, nunca chegar.
Um dos casos mostrados é o do jovem niteroiense Lennon, que morreu assassinado aos 23 anos, em julho de 2012, depois de sair para jogar bola com os amigos. Para a família, a polícia diz que até agora não há pistas do autor do crime.
De janeiro a junho de 2014, foram mais de 2.700 pessoas assassinadas no estado. O maior número desde 2009, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (o ISP). Em proporções maiores, 92% dos casos de homicídio no Brasil não são solucionados. Em Niterói, a Delegacia de Homicídios (DH), numa escala de 0 a 100, registra o índice de 30% de solução dos casos por mês.
Especialistas apontam que a problemática para essa defasagem está na falta de integração entre as policias Civil e Militar, e ainda entre elas e o Ministério Público. Como se sabe, as primeiras 48 horas são as mais importantes, e para uma investigação bem sucedida é preciso que a polícia esteja bem aparelhada, preparada e integrada.
Em 2012 o Brasil registrou o maior número absoluto de assassinatos e a taxa mais alta de homicídios desde 1980. Nada menos do que 56.337 pessoas foram mortas naquele ano, num acréscimo de 7,9% frente a 2011. O levantamento é baseado no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
Em todo o país, famílias de vítimas da criminalidade aguardam o desfecho de casos que acabam no esquecimento. Infelizmente.