Incentivar o uso da bicicleta num país cuja cultura de progresso é ter carro é um desafio. E, também, uma forma de evitar os desgastes no trânsito, cada vez mais comuns. E diversas cidades brasileiras estão desenvolvendo ações em prol das bikes.
Um estudo feito em novembro do ano passado pela Tendências Consultoria para a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) mostrou que o Brasil é o terceiro maior produtor e quinto maior consumidor de bicicletas no mundo.
Em 2012, tivemos em Niterói o 1º Fórum Mundial da Bicicleta e o 2º Seminário sobre Mobilidade Urbana Sustentável onde foram discutidas, prioritariamente, questões acerca dos planos de estrutura das cidades, no sentido de cobrar mais participação das bikes no sistema de transporte.
Eu mesmo sempre fiz essa cobrança. Uma discussão que iniciei quando fui vereador de Niterói e que busquei garantir quando elaborei o Estatuto da Bicicleta. Pedalar é um hábito saudável, que está conquistando cada vez mais adeptos. Além de ser um modo de vida muito mais prático.
Em fevereiro acontece, em Curitiba, a terceira edição do Fórum Mundial da Bicicleta, que tem como objetivo estimular a integração entre os ciclistas e as cidades, e repensar a organização e o planejamento urbano. Será um evento aberto, gratuito e colaborativo.
Se levarmos em conta que o Código de Trânsito Brasileiro já possui normas de conduta para o tráfego compartilhado de veículos motorizados e bicicletas, devemos persistir nas ações que estimulem sua utilização, garantida e regulamentada pelo CTB.
Questões como a falta de estrutura nas cidades, tanto para as magrelas como para os pedestres, estarão em discussão. É muito importante difundirmos a ideia do uso da bicicleta como prática esportiva, meio de transporte e também a importância do seu papel na mobilidade urbana.