Ontem, recebi com muito pesar a notícia do falecimento de Oscar Niemeyer. Grande ícone brasileiro, arquiteto inovador, comunista convicto, além de pessoa sensível, sábia e jovem apesar de mais de um século de vida.
Com traços livres e rápidos, Oscar Niemeyer criou um novo movimento na arquitetura. Seu maior diferencial foram as curvas. E para chegar a este resultado tornou-se adepto do concreto armado que lhe permitia formatar os prédios. Para ele, a arquitetura também era uma arte e as edificações deveriam compor com a paisagem.
Depois de Brasília, Niterói é a segunda cidade do mundo com a maior quantidade de obras projetadas pelo arquiteto. Além da Fundação Oscar Niemeyer, temos os prédios do Memorial Roberto Silveira, o Teatro Popular, a Praça JK, a Estação de Catamarãs, no Charitas, e o MAC, símbolo que destacou Niterói para o mundo e figura entre os seus projetos mais conhecidos. Agradeço o carinho que teve por nossa cidade e as obras dedicadas à nossa população.
No ano do centenário do arquiteto, em 2007, conseguimos aprovar a lei que tomba o MAC e preserva o patrimônio arquitetônico e cultural do museu. Em 2010, tive a oportunidade de estar ao lado de Niemeyer quando inauguramos a Fundação que recebe seu nome. Foi um momento muito especial e importante para nossa cidade. Em 2011, aos 104 anos, Niemeyer tornou-se patrono do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ).
Morre com ele uma pequena parte da história recente do Brasil. Mas seu legado será eterno. Inspiração para muitas gerações. Vá em paz!