Quando estive na Colômbia, em abril deste ano, conheci um pouco mais sobre um sistema inteligente de transporte coletivo, o BRT (Bus Rapid Transit). São veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas ou em vias elevadas.
Na quarta-feira, dia 6, foi inaugurado o primeiro corredor BRT TransOeste do Rio de Janeiro, que fará ligação entre Barra da Tijuca e Santa Cruz, na Zona Oeste. Até o dia 23, enquanto estiver em fase experimental, o sistema irá funcionar com nove estações e onze ônibus articulados que irão circular das 10h às 15h, com intervalos de dez minutos.
Os ônibus possuem capacidade para 140 passageiros cada um. A passagem cobrada é de R$ 2,75 e os usuários podem usar o Bilhete Único, o RioCard ou o cartão unitário, comprado no terminal de embarque e recarregado sempre que precisarem usar o Ligeirão, como foi apelidado. O principal objetivo desse novo sistema de transporte é reduzir o tempo de viagem em até uma hora.
Esse primeiro corredor expresso de ônibus deverá transportar 120 mil passageiros por dia. Por enquanto, só poderão usar apenas um ônibus convencional e o BRT. Posteriormente, haverá integração de passagens com as novas linhas alimentadoras que serão criadas e também com os trens. Em agosto, quando todo o sistema estiver em operação, o BRT terá 56km de extensão e 63 estações funcionando.
A experiência que tive ao conhecer o BRT de Medellín, na Colômbia, foi muito importante. O que vi foi um sistema de transporte que deu certo e que hoje serve de inspiração para outros países. O TransOeste é o primeiro dos quatro corredores de ônibus que o Rio de Janeiro elegeu como obra principal de mobilidade urbana.