Aos não fumantes, uma boa notícia. Aos que persistem, um ótimo motivo para largar de vez este vício. O Senado aprovou semana passada o projeto de lei que proíbe o fumo em locais fechados e acaba com os fumódromos em todo o país. Não é de hoje que campanhas e programas de combate ao cigarro insistem em fazer com que milhões de brasileiros abandonem esse péssimo hábito.
Eu não fumo e apoio toda e qualquer ação cujo objetivo seja fortalecer a prevenção à saúde. Se fumar fosse algo realmente benéfico, não haveria tantas doenças por conseqüência.
A primeira medida do Brasil para conter o consumo do cigarro foi proibir a propaganda na mídia, no início dos anos 2000. Isso se refletiu numa considerável queda na venda do produto nos país. No entanto, grandes empresas do segmento passaram a lançar cigarros com os mais variados sabores e aromas, na tentativa de influenciar novos consumidores. E os jovens tornaram-se seus principais alvos. Sabe-se que 75% dos fumantes no Brasil, hoje, começaram a fumar antes dos 18 anos. Alguns com 13, 14 ou até menos. Um absurdo.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 25 milhões de fumantes no Brasil. A cada ano estima-se que ocorram 200 mil mortes decorrentes do tabagismo. Só o fumo passivo mata mais de 7,5 mil brasileiros por ano. Desse número, cerca de 40% das vítimas são crianças com menos de 5 anos que convivem com o cigarro. E as mortes mais comuns são por infecção respiratória, asma e câncer de pulmão.
Um sintoma de que o cerco ao cigarro está se fechando está nos programas de televisão. O quadro “Brasil sem cigarro”, do Fantástico, busca incentivar as pessoas a abandonarem o vício. O próximo passo é procurar ajuda. Quem deseja parar de fumar deve se informar na secretaria de saúde do seu município.
Em Niterói, a Fundação Municipal de Saúde oferece tratamento nas policlínicas Sérgio Arouca (Santa Rosa) e de Itaipu, e na unidade básica do Centro. O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) também possui programas anti-tabagismo.
Em São Gonçalo, o atendimento é oferecido no Posto de Saúde Ana Nery, Gradim; Centro de Tratamento de Pacientes Especiais, anexo ao Ana Nery; Posto de Saúde Aroldo Pereira Nunes e Porto da Pedra;