A política governamental para acelerar os estudos de quem ficou para trás na infância não atinge os adolescentes de maneira satisfatória. Metade dos jovens com idade entre 15 e 17 anos (calcula-se 5 milhões de alunos) não está matriculada no ensino médio. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2009, mostram que há mais de 5 milhões de estudantes nesta situação.
As taxas de escolaridade de jovens entre 15 a 17 anos, no ensino médio, mostram que os índices são baixos em todo o país e que há grande desigualdade regional (em %). Também é preciso investir na formação de professores para atender a carência de profissionais no ensino médio.
O programa Bolsa Família contribuiu para o aumento de jovens pobres no ensino médio. Os investimentos feitos pelo ministério em áreas mais carentes, como o Plano de Ações Articuladas e Plano de Desenvolvimento da Educação, foram essenciais para garantir o aumento da progressão dos adolescentes mais pobres nos estudos.
Apesar das taxas de escolarização terem melhorado nos últimos anos (em 2009, por exemplo, chegou a 50,9%, o que representa 5.237.610 jovens), mesmo assim há desigualdade regional e econômica. Os estudantes das famílias mais pobres, com idade entre 15 e 17 anos, estão mais atrasados nos estudos. As taxas de escolarização que medem a porcentagem da população com essa faixa etária que estão na etapa educacional correta mostram que as diferenças são grandes (em %).
É preciso integrar união, estados e municípios para garantir estabilidade ao percurso educacional das crianças brasileiras. É fundamental continuar investindo na educação para reduzir as curvas de desigualdade ainda existente.
O ensino médio precisa de uma política que seja encarada como “estratégia nacional”. O número de matrículas nessa etapa, especialmente quanto à idade dos jovens, é muito pequeno. A população brasileira, em crescimento, não tem a metade dos adolescentes que deveria no ensino médio. Com isso, os jovens ficam sem condições mínimas para exercerem seus direitos de cidadão.
Eu, como candidato a deputado estadual do Rio de Janeiro, tenho defendido que o Estado invista 10% do seu PIB na Educação. A proposta é compartilhada pelo senador Cristovam Buarque, líder do Movimento Educacionista Brasileiro.