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Rir até não poder?

Toda censura imposta a liberdade de expressão não tem graça nenhuma. A democracia passa, incontestavelmente, pela livre opinião. No Brasil criam-se inúmeras leis, umas pegam e outras passam despercebidas.

Mas quando os profissionais do humor abraçam a discussão política e dela alardeiam o mote da eleição, questionando a ética e a transparência nas atitudes desses parlamentares, uma enxurrada de vozes – e não gargalhadas – se rebela contra o riso.

No nosso cenário político, o palco acaba sendo o plenário pelas inúmeras posições ininteligíveis que fazem com que os humoristas passem a fazer piadas com e sobre algumas atitudes dos políticos. Seja no rádio, na televisão, nos jornais, e – mais recentemente – na internet, a explosão de alegria vem do suposto todo-poderoso ao cometer um ato contra a cidadania.

Considero antidemocrático o artigo nº 45 da Lei das Eleições, em uso desde outubro de 1997, que reprime o humor quando voltado para candidatos ou partidos no período eleitoral. Assim estaria restabelecida a ordem e respeitada à lei! Ledo engano. Esta censura fere a liberdade de expressão criando uma barreira entre o poder público e a mídia.

Porque no Brasil o riso não caminha ao lado dos candidatos, se em qualquer parte do mundo, nesta época, é que ele se apresenta de forma transparente, desnudando os políticos e retirando deles a máscara da alegria?

Nesta vida o que mais buscamos, em meio ao estresse do dia a dia, é de uma boa e gostosa gargalhada.

Crédito da arte: Eric Drooker / www.drooker.com

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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