Nos quatro anos que faltam para dar um passe decisivo e realizar gol de placa, o Brasil necessita de mais transporte, mais hospedagem, total segurança e novos estádios. Apesar do francês Jerôme Valcke, secretário-geral da Fifa, considerar o Brasil com enorme potencial para realizar a Copa de 2014 com sucesso.
Todas as alterações nos Estados-sede são para atender exigências da Fifa. Mas, pelo que se vê, poucas construções e reformas saíram do papel. E as previsões de custos alcançam valores surpreendentes para justificar uma utilização futura desses espaços esportivos. Sabemos que o Brasil é o país do futebol, mas precisa também se tornar o país da educação e das oportunidades para os jovens, reais representantes do nosso futuro.
Numa análise comparativa do custo em milhões por estádio, publicada em O Globo do dia 11/07, alguns dados para apreciação:
Precisamos avaliar a capacidade do governo em levantar esses recursos, seja nas áreas governamental ou privada, acompanhar as planilhas com estimativas de preços e o desempenho das construtoras nas obras. A população não pode abrir mão de garantir que esses recursos sejam convertidos em conquistas sociais permanentes.
Uma linha de empréstimos do BNDES para as cidades-sede reformarem ou construírem estádios e arenas esportivas já está sendo disponibilizada. E o presidente Lula declarou que “todos os gastos e contratações, no período das obras, serão divulgados na internet e poderão ser acompanhados em tempo real por qualquer brasileiro”.
É nosso papel acompanhar e analisar todos esses gastos. É nosso dever impedir que surjam superfaturamentos nessas grandiosas obras esportivas.
Não podemos nos esquecer que escolas e áreas de lazer para as nossas crianças são muito mais importantes que estádios para grandes jogos. Talvez aula não seja tão divertida de se assistir quanto uma partida de futebol. Mas a gente sabe qual dos dois é que vai garantir o futuro do país, não é verdade?