O prefeito Jorge Roberto Silveira reuniu-se neste sábado (10) com vereadores da cidade na sede da Prefeitura para tratar das ações que a cidade vem desenvolvendo para amparar as vítimas da maior tragédia da história da cidade. Além das ações de emergência, destaca-se a criação do aluguel social para as famílias que perderam suas casas e a criação da Fundação Geo-Nit.
O prefeito Jorge Roberto Silveira reuniu-se neste sábado (10) com vereadores da cidade na sede da Prefeitura para tratar das ações que a cidade vem desenvolvendo para amparar as vítimas da maior tragédia da história da cidade. Além das ações de emergência, destaca-se a criação do aluguel social para as famílias que perderam suas casas e a criação da Fundação Geo-Nit.
Esta fundação atuará com a finalidade de estudar a fundo as áreas de risco de desabamento da cidade, propondo soluções concretas para evitar que novas tragédias venham a ocorrer. Em janeiro deste ano, Felipe Peixoto enviou ofício à Prefeitura sugerindo a criação de entidade com esta característica.
O prefeito Jorge Roberto repetiu que a cidade foi pega de surpresa com a intensa chuva que aconteceu porque é um lugar que não possui tradição de deslizamentos, diferente de cidades como Rio de Janeiro e Petrópolis, onde as chuvas causam danos de forma quase corriqueira.
Além disso, foi anunciado a criação do aluguel social. Trata-se de um valor que será pago às famílias desabrigadas enquanto suas casas não forem reconstruídas. Ainda não se sabe qual valor exato será pago pois os cálculos estão sendo finalizados. Técnicos da Prefeitura no entanto já estão cadastrando todas as famílias desabrigadas para receber o auxílio.
Prefeito contesta informações divulgadas
Jorge Roberto apresentou aos vereadores os dois documentos que a Universidade Federal Fluminense (UFF) entregou à prefeitura na última gestão municipal. A existência destes relatórios foi amplamente divulgada pela mídia como prova do conhecimento de Jorge acerca dos riscos inerentes à ocupação do Morro do Bumba.
O prefeito abriu a reunião dizendo-se contrariado com a distorção das informações. Segundo ele, após ter acesso e estudar ambos os documentos, chegou à conclusão que os mesmos não diziam, como parte da mídia transpareceu, que o Morro do Bumba era uma bomba-relógio.
Absolutamente. Eu até gostaria que estes relatórios tivessem apontado um direcionamento neste sentido, porque neste caso a Prefeitura teria tido tempo para se preparar e impedir a tragédia que aconteceu disse o prefeito.
Os dois relatórios possuem metodologia diversa para determinar as áreas de risco da cidade. Um deles, que está incompleto, estuda os deslizamentos ocorridos entre 1996 e 2004. Nele, que destacou a grande incidência de deslizamentos em áreas como o Pé Pequeno e Viradouro, houve apenas uma breve menção ao Bumba. O segundo relatório utiliza levantamento topográfico, fotografias e outros instrumentos de medição.
Este segundo relatório, no entanto, incluiu o Morro do Bumba no mesmo patamar de risco de 70% da área urbana estudada. De acordo com Jorge, dentro deste grupo, encontra-se inclusive o prédio onde reside. As áreas que este relatório considerou mais críticas foram o Morro do Preventório e as comunidades Vila Ipiranga e Vila Inês, onde a Prefeitura atua através do PAC e do Vida Nova no Morro.
Jorge Roberto Silveira lamentou também as informações que vem sendo veiculadas sobre si. Alguns setores que estão querendo buscar culpados. Não existe culpado. Foi a pior chuva da história de Niterói. Enquanto estamos pensando nos niteroienses, tem gente fazendo política e sensacionalismo.
Felipe Peixoto, presente ao encontro, se colocou à disposição do prefeito para auxiliar na reconstrução da cidade e aproveitou para levar uma sugestão que recebeu no Twitter: que a Prefeitura criasse uma conta nesta rede social para manter um canal de diálogo mais direto com os moradores da cidade. A conta foi criada horas após aquele encontro. Para ler o twitter da Prefeitura, clique aqui. Para ler o de Felipe, aqui.
